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"A tradição da investigação qualitativa, em ciências sociais, consiste em estudar e em interagir com as pessoas no seu terreno, através da sua linguagem, sem recorrer a um distanciamento que levaria ao emprego de formas simbólicas estranhas ao seu meio (Gauthier, 1987, p. 32)"

(Hébert, 1994)

Carmo e Ferreira (2008) referem que as limitações do método quantitativo, quando aplicado à investigação em Ciências Sociais, prendem-se com:

  • a complexidade dos seres humanos;

  • estímulos que dão origem a diferentes respostas de acordo com os sujeitos;

  • grande número de variáveis cujo controlo é difícil ou mesmo impossível;

  • subjetividade por parte do investigador;

  • medição que é muitas vezes indireta, como é, por exemplo, o caso das atitudes;

  • problema da validade e fiabilidade dos instrumentos de medição.

 

Assim, para colmatar estes problemas e poder aplicar convenientemente a investigação científica às Ciências Sociais, surgiu o Método Qualitativo, no qual se inclui o Paradigma Construtivista.

 

 

Tal como Coutinho (2014) refere, "o Paradigma Construtivista pretende substituir as noções científicas de explicação, previsão e controlo do Paradigma Positivista pelas de compreensão, significado e ação."

 

Deste modo, enquanto o Paradigma Positivista pressupõe uma causalidade temporal, estabelecendo uma relação de causa e efeito, o Paradigma Construtivista valoriza a compreensão e a explicação (centra-se mais no conteúdo e menos no processo).

 

 

 

O Paradigma Construtivista:

 

  • não tem como objetivo a previsão através da verificação de leis ou a generalização de hipóteses mas sim conhecer uma determinada situação num contexto específico;

 

  • não se procura em ter um conjunto de hipóteses a testar, mas compreender o comportamento dos participantes no seu contexto;

 

  • pretende substituir as noções científicas de explicação, previsão e controlo do paradigma positivista por compreensão, significado e ação.

 

(Coutinho, 2011)

Paradigma Construtivista

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